Santos Brasil movimenta 254.211 contêineres no 3T20

Apesar do impacto da Covid -19, retomada da atividade industrial e do consumo no mercado doméstico, na sequência da fase mais aguda da pandemia, impulsiona a movimentação dos terminais

São Paulo, 10 de novembro de 2020 - Os efeitos da pandemia do novo Coronavírus (Covid - 19) na economia continuaram impactando o desempenho operacional da Santos Brasil no 3T20, quando comparado ao 3T19, embora, desde julho, a Companhia venha registrando uma retomada de crescimento.

O volume total de movimentação de cais da Companhia em seus três terminais - Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA) - caiu 16,4% no 3T20, somando 254.211 contêineres. As operações de longo curso tiveram queda de 22,7% nos volumes de importação e de 9,1% nos de exportação. As operações de cabotagem foram mais resilientes no trimestre, retraindo 11,2% comparado ao 3T19.

O Tecon Santos, terminal que tem mais exposição às importações e ao transporte de cabotagem/feeder, movimentou 214.857 contêineres no 3T20, queda de 18,3% em relação ao 3T19. A movimentação de contêineres do Porto de Santos caiu 8,5% no mesmo período, com as exportações se sobressaindo em relação às importações. A retomada gradual da atividade econômica, a partir de uma maior flexibilização da quarentena no Brasil, provocou uma discreta melhora nos volumes de importação do terminal, em especial nos meses de agosto e setembro em relação aos meses anteriores. A participação de mercado da Santos Brasil no porto foi de 34,3% no 3T20 (vs. 38,5% no 3T19).

O Tecon Imbituba movimentou 13.005 contêineres no 3T20, volume 10,8% superior ao 3T19, com destaque para embarque de commodities. O Terminal de Carga Geral de Imbituba ("TCG Imbituba") se destacou pelo crescimento de 668,0% no volume movimentado no 3T20 em relação ao 3T19, totalizando 84,8 mil toneladas, impulsionado pelo embarque de celulose, alimentos e cargas de projeto.

No Tecon Vila do Conde, o volume movimentado no trimestre foi de 26.349 contêineres, 10,4% menos que no 3T19, principalmente devido à queda em contêineres vazios.

O volume de contêineres armazenados na Santos Brasil Logística foi 27,5% menor no 3T20, tendo como principal causa a retração de contêineres importados no Porto de Santos, devido aos impactos da Covid - 19.

O TEV movimentou veículos no 3T20, volume 2,4% inferior ao 3T19, porém apresentou uma forte alta em relação ao trimestre anterior (+174,6% vs. 2T20). As exportações cresceram 2,5% ano-contra-ano e as importações de veículos foram 48,5% menores no 3T20, quando comparadas ao 3T19, com o câmbio desvalorizado impactando a demanda.

De acordo com Daniel Pedreira Dorea, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da Santos Brasil, "o 3º trimestre de 2020 apresentou os primeiros sinais de uma recuperação mais consistente nos volumes movimentados e, também, no mix operado pela Santos Brasil. Desde o mês de julho, temos experimentado um crescimento mensal dos volumes, inclusive no Tecon Santos, o que nos faz crer que a fase mais aguda da crise e dos impactos da pandemia da COVID-19 tenham sido superados". Ainda, segundo Dorea, "a expectativa é que o pico sazonal, normalmente concentrado no 3º trimestre, por causa da pandemia, desta vez deva ser estendido também aos meses de outubro e novembro, o que inspira maior confiança na retomada econômica".

A receita líquida consolidada da Santos Brasil somou R?220,3 milhões no 3T20, queda de 11,9% vs. 3T19. Além da retração nos volumes, ainda havia o reconhecimento da TUP (tarifa portuária) na receita do 3T19, o que distorce a comparação anual.

A Companhia registrou Ebitda de R?49,7 milhões no trimestre, 16,4% inferior ao 3T19, com margem de 22,5%. Em base recorrente, o Ebitda foi de R?46,5 milhões, com margem de 21,1%.

A empresa apurou prejuízo líquido de R?5,5 milhões no 3T20, comparado ao lucro líquido de R?7,7 milhões no 3T19.