A Santos Brasil, prestadora de serviços portuários e logísticos, registrou um recorde histórico no Tecon Santos, maior terminal de contêineres da América do Sul, ao realizar a movimentação de 1.694 contêineres em 8,74 horas e atingir o índice de 193,82 MPH (movimentos por hora), principal indicador de eficiência operacional em terminais de contêineres. A média, superior a três contêineres movimentados por minuto, foi alcançada na operação de descarga do navio Cap San Nicolas, da Hamburg Süd, no dia quatro de setembro. Ao lado do Cap San Marco, o Cap San Nicolas ocupa hoje o posto de maior navio da Hamburg Süd em operação. Com capacidade para armazenar 9.600 TEU(unidade referente a contêineres de 20 pés) e 332 metros de comprimento, é considerado um navio do tipo Super-PostPanamax(tamanho que utiliza todo o potencial de navegação do canal do Panamá). Conhecidos como supernavios, essas grandes embarcações são uma tendência mundial e estão provocando uma verdadeira revolução no Porto de Santos. "Os terminais de contêineres em todo o mundo precisaram se adaptar ao rápido aumento de tamanho dos navios porta-contêineres.Na Santos Brasil, antecipamos esse movimento e elegemos o investimento em inovação tecnológica, segurança e capacitação da equipe como diretriz estratégica. Olhar para o futuro, prever a demanda do mercado e preparar os nossos ativos para entregar resultados é essencial no nosso negócio", afirma Antonio Carlos Sepúlveda, presidente da Santos Brasil. Os investimentos realizados resultam também em uma melhoria consistente na movimentação média mensal, que contempla a média de todos os navios operados no período. Em julho, a média mensal no terminal chegou a 95 MPH, maior índice no País. "Nossa missão é contribuir para que nossos clientes sejam cada vez mais competitivos. Este padrão operacional é sem dúvida um diferencial importante, pois aumenta a confiabilidade das escalas e reduz custos operacionais", reforça Sepúlveda. "É uma condição essencial que os terminais se modernizem na mesma velocidade com que os navios, como é o exemplo da Santos Brasil. Se o navio dobra de tamanho e de movimentação, o tempo de operação não pode dobrar. Terminais que não têm esse acompanhamento tendem a perder competitividade e não ser atendidos diretamente por esses super-navios. Para que esses navios grandes tenham efetivamente ganho de escala no custo unitário, eles não devem ficar atracados por longos períodos e a eficiência do terminal é um fator-chave para isso", comenta José Roberto Salgado, diretor Operacional da Hamburg Süd/Aliança. Investimentos que geram resultados Há cerca de cinco anos, a Santos Brasil vem preparando o Tecon Santos para atender às maiores embarcações do mundo. Os primeiros superguindastes de cais com capacidade para movimentar até quatro contêineres de 20 pés simultaneamente chegaram ao Tecon Santos ainda em 2009. A operação demandou pelo menos oito meses de treinamento da equipe e mais seis meses de operação monitorada. As grandes embarcações representam maior volume de contêineres carregados e descarregados em um mesmo navio. Para otimizar e agilizar a operação de pátio, a empresa utiliza um sistema de gerenciamento de alta tecnologia. Ele define as melhores rotas dentro do terminal, de forma que as carretas que fazem o transporte dos contêineres entre o cais e o pátio façam sempre o caminho mais curto, mais rápido e consequentemente mais eficiente e com menor impacto ambiental.
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